News of the week
Os acontecimentos mais importantes do mundo de inovação diretamente para você.
Você já pode ter notado que cerejas são relativamente caras quando comparadas com outras frutas ou frutos silvestres. O motivo disso é que elas são difíceis de serem cultivadas. Elas possuem uma pele muito fina e sensível, que se rompida libera todo o suco de dentro, fazendo-a perder todo o sabor. Embora todas as plantas precisem de água, no caso da cereja, água em excesso pode fazer com que a sua pele estoure, arruinando a colheita.
Como não se pode controlar a chuva, os fazendeiros acharam uma outra solução para esse problema. Quando chove em excesso, eles usam secadores de cabelo de tamanho industrial, ou como são conhecidos os helicópteros. É uma operação cara e arriscada, mas que garante a cereja do bolo em nossas vidas.
Story of the week
É só questão de tempo para virar um filme.
Muitos anos atrás, a KPTL investiu na Magnamed, que se tornaria a maior fabricante de respiradores mecânicos do Brasil. Na época, poderia-se colocar na sua análise SWOT uma pandemia de caráter respiratório como uma baita oportunidade, mas acho que nem os fundadores pensariam tão longe. Pois bem, aconteceu. E com isso a Magnamed se viu no olho do furacão, como a fornecedora do item mais desejado do momento.
De repente, a empresa que produzia 200 respiradores por mês recebeu a demanda de produzir 15.000 em seis meses. E são nas crises que nos deparamos com o melhor e o pior das pessoas. Se por um lado sofremos processos dos mais diversos tipos e até invasões na nossa fábrica, do outro nos sensibilizamos pela incrível iniciativa e disposição em ajudar de diversas empresas e pessoas.
A Suzano, a Klabin e a Positivo colocaram toda a sua rede de fornecedores para ajudar. A Flex disponibilizou a sua própria fábrica para a Magnamed conseguir expandir a sua capacidade de produção. O Banco Votorantim e a Suzano emprestaram dezenas de milhões de reais em capital de giro sem fazer muitas perguntas. A Embraer usinou 8 mil peças em um final de semana. A General Motors ajudou a redesenhar toda a linha de montagem. A White Martins forneceu o oxigênio para os respiradores. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária certificou toda essa nova dinâmica de produção em tempo recorde e a Polícia Federal escoltou os produtos finalizados para entrega. A KTPL também alocou uma quantidade inédita de pessoas e recursos para ajudar não no dia-a-dia, mas no minuto-a-minuto.
As iniciativas dessas empresas muitas vezes não ganham espaço na capa do jornal ou reply nos stories do Instagram, mas elas definitivamente salvaram muitas vidas. E é isso que importa. Exame
Mais uma novidade KPTL
Perfil Jay Janér
Os matemáticos que me critiquem, mas aqui na KPTL somar 1 + 1 é igual a 3. É isso que está acontecendo agora com a chegada do nosso novo sócio: Jay Janér. A história de vida do Jay deixaria até o Tio Ricco com inveja. Então decidimos contá-la.
Nascido no Rio, de pai sueco e mãe italiana, Jay saiu do Brasil ainda com 6 anos. Morou em diversos países até que se estabeleceu nos EUA para estudar matemática e física na Cornell University. Graduado Cum Laude com distinção em todas as matérias, é claro. Voltou por três anos para o Rio de Janeiro para trabalhar no Citibank. Perguntei o porquê da volta e ele disse “se você tivesse vivido o que era o Rio de Janeiro nos anos 70-80, não me perguntaria isso.”
Depois da experiência carioca, Jay voltou aos EUA para um MBA em Stanford. No começo da década de 80, esses eram os “tempos de ouro”, onde ele tinha aula com o professor Sharpe (ganhador do Nobel de economia e que dá nome ao índice de Sharpe) e tomava cerveja com o Steve Jobs. A hoje popular Half Moon Bay na época tinha apenas uma casa, onde ele escutava Jazz com amigos.
Uma vez formado, Jay pegou o seu mustang 1967 e durante 3 meses cruzou os EUA inteiros até chegar em Nova York. Foi aí que ele cometeu um grande “erro” da vida: Vendeu o Mustang para comprar um computador. “Eu sabia que seria o fim da minha vida”. Dito e feito, Jay grudou naquela telinha e virou um “nerd”, segundo ele, em uma época na qual isso não era nada popular.
Logo em seguida, Jay começou o que seria uma carreira de 13 anos em Wall Street. Eram tempos de Gordon Gekko e Jordan Belfort, daquelas trading rooms que pareciam um mercado de peixe com gritaria e decisões de centenas de milhões de dólares sendo tomadas em segundos no telefone. No banheiro, tinha até punching bag para desestressar. Durante esses anos, Jay liderou parte da consolidação da tecnologia nesse mundo. De uma hora para outra os “nerds” acabaram dominando Wall Street, pois começaram a ser quem fazia mais dinheiro. Traders começaram a ficar mais técnicos. Tudo começou a ser mais digitalizado.
Já na década de 90, enquanto estava no Morgan Stanley, Jay ajudou a estruturar a vinda deles para o Brasil. Foi algo inédito, pois seria a primeira vez que a instituição abriria um banco fora dos EUA. Ele então montou uma apresentação para todo o board do banco mostrando a oportunidade tupiniquim. Demorou para sair, mas eventualmente deu certo e, em 1996, abriram a filial aqui.
No mesmo ano, a convite de Jorge Paulo Lemann, Jay assumiu a tesouraria da GP Investimentos, onde permaneceu por dois anos até a venda do Banco Garantia para o Credit Suisse. Foi quando decidiu se mudar para Roma e se dedicar a uma antiga paixão: a pintura. Ele então passaria os próximos vinte anos investindo capital próprio e pintando em seu atelier em Roma. Uma mistura entre números e arte que ele diz ser muito divertida.
Até que o ano de 2019 mudou tudo. Foi aí que Jay enxergou uma nova oportunidade, de mais uma vez a tecnologia revolucionar o mercado de capitais. Para começar a descobrir o que a KPTL e o Jay estão preparando, sugiro se inscrever no nosso Webinar do dia 08/07 às 16h. Todos convidados!