Chegamos ao final da terceira edição do VC Challenge, que se tornou a maior competição universitária focada em Venture Capital e Empreendedorismo do Brasil.
Organizada pela KPTL, essa competição acontece durante duas semanas e nela colocamos os estudantes nos dois lados da mesa. Em um primeiro momento são os investidores, ouvindo 3 pitchs de startups do nosso portfólio diretamente de seus fundadores e decidindo em qual delas investiriam. Eles apresentam e justificam essa escolha no que simulamos ser um comitê de investimento de uma gestora de Venture Capital.
Trouxemos startups cujos produtos estão muito em pauta em 2020. A Delivery Direto, vendida para Locaweb em 2019, é um one-stop-shop para restaurantes montarem sua própria plataforma de delivery. A Neomode, é uma plataforma que ajuda varejistas a montarem experiências ominichannel. Por fim, a Getrak, líder na américa latina em tecnologia para rastreamento veicular e uma das maiores em Big Data desse segmento no mundo. A decisão não foi óbvia entre os mais de 130 grupos participantes: Getrak (44%), Neomode (35%) e Delivery Direto (21%).
Os 32 melhores grupos foram selecionados e passaram para a segunda fase, onde se tornam empreendedores, “assumindo” a empresa em que decidiram investir e desenvolvendo um plano de negócios para ela. Para isso, trouxemos um batalhão de patrocinadores e apoiadores para nos ajudar a levar conteúdo que os ajudassem. Eles tiveram aulas sobre o mercado de cada uma das empresas com grandes especialistas, palestras com membros das empresas mais inovadoras do mundo como 3M e EDP, histórias inspiradoras sobre o início da XP com o Lucas Chaise, encontro diretamente com todo o time de fundadores das empresas selecionadas e mentorias individuais com a KPTL.
Além disso, uma das pautas que tornamos centrais na edição desse ano foi a sustentabilidade. Para isso, trouxemos o pessoal da Suzano e da Agrotools para ensinar um pouco sobre o tema e isso foi parte dos critérios de avaliação da final. Ao forçamos esses 32 grupos a incorporarem o pensamento ESG no desenvolvimento dos seus planos de negócios, o resultado foi incrível.
Outra pauta que tornamos central nesse ano foi a da Liderança Feminina. Para isso também trouxemos diversas outras palestrantes para explorar mais sobre o tema, entre elas a Tânia Cosentino, presidente da Microsoft no Brasil, a Ana Laura Magalhães do canal @explicaana , a Mariana Penazzo (fundadora da Dress & Go), a Lívia Costa da Agrotools e a Tatiana Orofino da AWS. Também fizemos questão de que uma das três startups, no caso a Neomode, fosse liderada por uma empreendedora. Nossa intenção é de que tudo isso servisse de inspiração para as mais de 145 mulheres participantes. E funcionou! Mais do que dobramos o número de mulheres participando e ficamos muito felizes de que 1 dos grupos finalistas foi composto inteiramente por mulheres.
Quem nos apoiou também foi a seleção brasileira feminina de futebol, que nos mandou algumas camisetas autografadas por todo o time.
Por fim, depois de mais de 750 participantes, de 89 faculdades e 21 estados, o grupo vencedor foi o Black Sea Sharks, que representaram a Neomode. Entre confete voando no estúdio e mãe pulando de alegria atrás do participante, o sorriso de orelha a orelha demonstrava a consagração após duas semanas de muito trabalho e poucas horas de sono.
Victor Regino, nascido em Araçatuba, entrou na UNESP junto com o seu irmão gêmeo, onde ganharam os apelidos de Tico e Teco. Mas após 3,5 anos ele desistiu do curso de engenharia e foi para a USP Ribeirão cursar Economia Empresarial e Controladoria. É diretor da Insertus, uma entidade voltada a ajudar os membros a entrar no mercado de trabalho e onde conheceu os outros membros do grupo. Se interessa no mercado de Venture Capital e Private Equity mas antes disso vai utilizar a premiação para ir fazer intercâmbio na Polônia no ano que vem.
Guilherme Miqueleto nasceu e cresceu em Ibitinga, uma cidade de 50 mil habitantes no interior de São Paulo. Quando criança, leu que a USP é a melhor faculdade do Brasil e ficou com aquilo na cabeça até que com apenas 17 anos alcançou o sonho e entrou na USP de Ribeirão Preto. Ainda no primeiro ano de faculdade, Guilherme já mostra que veio para fazer barulho no mundo, participa de três entidades (Clube de Mercado Financeiro, Insertus e Clube Caiapós). Essa última é voltada ao estudo de ideais do liberalismo e nesse ano já entrevistaram o Marcos Lisboa e o Gustavo Franco. Nao sabe exatamente o que quer fazer na vida, mas de duas coisas tem certeza: Vai trabalhar no mercado financeiro e vai empreender algum dia.
Rodrigo Zanella nasceu em Santo André e cresceu em São Bernardo do Campo. Ainda criança se mudou para Ribeirão Preto onde entrou no curso de administração da USP. Assim como Guilherme, participa das mesmas três entidades e foram essas atividades extracurriculares que os aproximaram. Têm apenas 19 anos mas já sabe que o seu sonho é trabalhar em um fundo de investimento multimercado. No tempo livre é um leitor ávido, joga tennis e futebol e toca guitarra e violão.
Ciro Ribeiro nasceu em Passos no interior de minas. No ensino médio, o seu sonho era ser militar e por isso começou a estudar para o ITA. Mas com o tempo viu que não era aquilo que queria e optou por estudar na USP. No começo cursou engenharia e queria trabalhar no ramo automotivo. Mas desanimou quando descobriu que não teria muitas oportunidades de trabalhar no desenvolvimento de carros no Brasil. Em uma conversa com um primo que trabalha com Private Equity, se interessou. Seu pai é empreendedor e tem dificuldades em crescer a empresa. No PE, Ciro viu a oportunidade de se aprender como crescer uma empresa, para ajudar o pai. Com esse novo sonho, mudou o seu curso para Economia Empresarial e Engenharia. Mas Ciro guarda um outro sonho ainda na manga: Quer ser um escritor de ficção.
Agora o grupo Black Sea Sharks se prepara para dias de muito conteúdo assistindo o Web Summit e já estão planejando para onde vão viajar na Europa com as milhas que ganharam no cartão Justa.
Obrigado a todos que participaram. Ano que vem tem mais!