News of the week
Os acontecimentos mais importantes do mundo de inovação diretamente para você.
A expressão elefante branco é mundialmente conhecida e utilizada para expressar uma posse em que o proprietário não pode se livrar e cujo custo é desproporcional à sua utilidade ou valor. No Brasil, essa expressão é muito usada em referência a diversas obras públicas. A origem do termo é extremamente literal.
No século 19, o Rei do Sião (atual Tailândia) costumava dar elefantes albinos para aqueles que perdiam a sua confiança. Esse tipo de elefante era considerado sagrado e o custo do seu cuidado normalmente levava essas pessoas a ruína financeira.
News of the week
Um retrato do mundo de tecnologia.
A tecnologia como defesa para crises.
Nessa semana, a Nasdaq (bolsa que concentra as empresas de tecnologia nos EUA) chegou a ficar positiva no ano, ou seja, recuperou toda a desvalorização advinda do COVID. Enquanto isso, o S&P500 (que reune empresas mais tradicionais) ainda acumula uma desvalorização de cerca de 10% no mesmo período.
No gráfico acima, podemos ver a diferença entre o valor de mercado entre as novas empresas tech e empresas tradicionais.
Trend of the week.
De olho nas tendências mundo afora.
A nova moda: Fazer Pão
Um dos papéis de um investidor em inovação é identificar tendências. Volte e meia trombamos em coisas curiosas. Pouco tempo atrás tivemos uma reunião de todo o time da KPTL e um dos sócios contou que tinha começado a fazer pão em casa. Aparentemente não só ele. Depois da quarentena, isso virou a maior febre no EUA e no Reino Unido.
E a indústria do pão inteira foi pega de surpresa. A King Arthur Flour, já existe há 230 anos mas toda essa experiência não a preparou para um aumento de 30x nos pedidos dos seus sacos de farinha. Outros empreendedores que possuiam padarias físicas se apressaram para lançar kits completos para cozinhar um pão em casa e as vendas estão bombando. Um deles inclusive brincou: “It’s funny because only one month ago, everyone was on a gluten-free diet. Now, suddenly everyone is a baker.”
Uma pesquisa foi conduzida com mais de 900 pessoas para entender o que a levaram a esse novo hobby. Algumas acham o processo terapêutico e confortante, outras gostam da ideia de “fazer você mesmo” e intrinsecamente nas respostas é possível notar a simples vontade em meio a incerteza generalizada de realizar um ato com começo, meio e fim.
É claro que fazer o pão é um sintoma. Agora é o pão mas no futuro será outra coisa. Entender as motivações e desejos que estão por trás que permite investidores não só a identificar tendências como também saber quais são as paleterias e frozen yogourts e quais vieram para ficar.
Deep dive
Uma seleção de artigos e reportagens interessantes.
The World’s First Floating Hotel Abandoned In North Korea
Para fechar, uma curiosa história de empreendedorismo. Na década de 80, Doug Tarca e seu filho queriam algo inovador para atrair mais turismo para Townsville, uma cidade australiana cuja costa hospeda o maior recife de coral do mundo. Eles então resolveram construir o primeiro hotel flutuante do mundo.
A construção custou 42 milhões de dólares (ajustado por inflação). Com 200 quartos, sauna, quadra de tenis, discoteca e até um submarino próprio, ele era extremamente luxuoso. No seu ápice, as diárias custavam entre 550 e 1100 dólares. Mas sua história foi marcado por inúmeras dificuldades.
Logo quando foi inaugurado, foi atingido por um ciclone. Perdeu toda a alta temporada daquele ano. Depois disso, ele abriu de forma bem sucedida, com 85% de taxa de ocupação. Mas, rapidamente, o barco virou, ou melhor, pegou fogo. Literalmente, um dos barcos que transportava os hospedes pegou fogo e muitos se machucaram. A grande atração do hotel, os corais, também foram severamente destruídos por invasões de um tipo de estrela-do-mar. E a gota d’água aconteceu quando acharam munição ainda carregada da Segunda Guerra Mundial nas redondezas do Hotel. Dali para frente, quem gostaria de passar as férias flutuando em cima de um monte de bombas abandonadas? Com isso, os preços das diárias caíram para 130 dólares, mas mesmo assim o fluxo diminuiu abruptamente.
Com isso, o hotel foi vendido e transportado para o Vietnam, em 1989. Dessa vez, ficou atracado na costa e, por cerca de uma década, o hotel foi um sucesso. Até que a concorrência começou a apertar e ele foi mais uma vez vendido.
Os novos donos transportaram o hotel para a Coreia do Norte, em 1998. Na época, a relação entre as duas coreias estavam melhorando e o Hotel funcionou como uma experiência de turismo em conjunto, onde a Coreia do Norte abriu suas fronteiras para turistas. Lá ele serviu de palco para o reencontro de diversas famílias dividias pela guerra décadas antes. Tudo ia bem até que um guarda norte-coreano atirou e matou um turista sul-coreano. Com isso, a Coreia do Sul fechou as fronteiras e o fluxo do Hotel desabou. Em 2019, Kim Jong Un visitou o Hotel e não gostou. Ele então ordenou a demolição do Hotel. SideNote
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